1. Apresentação

Os Sistemas de Bicicletas Partilhadas consistem na disponibilização de aluguer a curto prazo de bicicletas distribuídas por uma rede de estações, tipicamente numa área urbana, permitindo viagens a baixo custo (ou sem custo) entre dois pontos. Devem atender às necessidades específicas de cada contexto (por exemplo, bicicletas elétricas em áreas com declives muito  acentuados; bicicletas adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida).

 

2. Objetivos

  • Disponibilizar sistemas de bicicletas a baixo custo que permitam a ligação entre diferentes locais de interesse urbano, permitindo assim a mobilidade urbana sustentável;
  • Aumentar as opções de mobilidade e de acessibilidade;
  • Promover a multimodalidade;
  • Promover atividade física e a humanização do espaço público.

 

3. Importância da Medida

Ao disponibilizar o acesso à bicicletas a baixo custo, esta medida permite aumentar os níveis de uso de bicicleta na cidade, desta forma, promovendo e normalizando a utilização da bicicleta como modo de transporte urbano e sustentável. Simultaneamente, permite complementar o uso do transporte público, sendo uma solução para o problema last mile, isto é, para chegar a áreas não alcançadas pela rede de transporte público e aumentar a sua área de captação.

1. Boas Práticas

– O Sistema de bicicletas partilhadas deve ser projetado de forma a maximizar a conveniência de viagens utilitárias de distância curta, com estações fáceis de utilizar distribuídas amplamente por toda a cidade;

– Deve ser dada especial atenção à sua disponibilização em interfaces de transporte público;

– Deve ser integrado com outras medidas ao nível da rede ciclável e educação/informação dos utilizadores;

– A ser aplicada tarifa, esta deve sempre encorajar as viagens utilitárias de distância curta (idealmente gratuito ou custo reduzido pelos primeiros 15-20 minutos de utilização);

– Deve haver uma preocupação de design das bicicletas e estações para promover a sua integração na paisagem urbana, e uma adequada manutenção das mesmas;

– É necessário um Sistema para redistribuir as bicicletas das áreas que acumulam bicicletas em excesso para aquelas em escassez.

– Monitorizar a adaptação dos cidadãos às alterações e ir reformulando medidas de modo a responderem às necessidades dos utilizadores, sem comprometer os ideais sustentáveis (Ver Gestão, manutenção e monitorização).

– Explicitar os princípios por detrás das medidas tomadas para que fique claro a sua necessidade e funcionamento (Ver Informação).

 

2. Ações

Sistema Manual
Operações de empréstimo e devolução das bicicletas são supervisionadas por um funcionário.

Vantagens:
Necessita de menos tecnologia nas estações (mais fácil e mais barato de implementar) e reduz vandalismo e roubo de bicicletas.

Desvantagens:
Custos de operação são mais elevados;
O sistema é menos flexível e menos fiável.
Sistema Automatizado
Operações de empréstimo e devolução das bicicletas dependem de tecnologias automatizadas (self-service).

Vantagens:
Maior potencial de integração no funcionamento e operação do próprio sistema urbano.
Menores custos de operação, design sofisticado.

Desvantagens:
Mais complexo, maior custo de capital.
Estação Permanente
As bicicletas são acopladas em docas fixas que atuam como estações.

Vantagens:
Melhor integração com o ambiente urbano.

Desvantagens:
Problemas de rebalanceamento (número limitado de lugares de parqueamento de bicicletas em cada estação); problemas de localização das estações (necessário as estações estarem bem localizadas junto a áreas de interesse).
Estação Flexível
As bicicletas não precisam ser acopladas em docas, sendo deixadas em áreas específicas (com ou sem barreira dependendo da tecnologia).

Vantagens:
Maior capacidade de armazenamento.

Desvantagens:
Menor integração urbana.
Sem estação (“dockless”)
As bicicletas não precisam ser acopladas em estações nem colocadas em áreas específicas. Simplesmente quando a viagem termina a bicicleta bloqueia.

Vantagens:
Os utilizadores têm maior flexibilidade de utilização, não havendo o problema de falta de estações perto do destino de viagem.

Desvantagens:
Problemas de roubo e vandalismo, elevados custos de recuperação de bicicletas com estas espalhadas pela cidade.

 

1. Impactos

Eficiência do sistema de mobilidade
Aumento nos níveis de utilização da bicicleta como modo de transporte urbano. Estudos demonstram que a bicicleta é altamente competitiva em meio urbano para distâncias até 5 km.
Ruas com vida
Aumento nos níveis de utilização da bicicleta tende a reduzir a utilização de modos de transporte motorizados, com alguma mudança modal do automóvel para a bicicleta, e desta forma, reduzindo a poluição atmosférica, o ruído, congestionamento e mesmo as velocidades praticadas na cidade.
Proteção ambiental
O modo ciclável é um dos modos de transporte mais sustentáveis, desta forma mudança modal do automóvel levará a ganhos ambientais, quer na redução de GEE, poluição atmosférica (NOx, matéria particulada), poluição sonora, e consumo de recursos e energia.
Inclusão, equidade e acessibilidade
A disponibilização de bicicletas de baixo custo potencia a inclusão de grupos de baixos rendimentos que têm dificuldade em comportar os custos de transporte motorizado (no entanto, é necessário políticas específicas direcionadas para esses grupos para que efetivamente possam beneficiar pois requisitos como a necessidade de utilização de cartão de crédito ou de cauções para que se possa utilizar o sistema, tendem a excluir os grupos mais desfavorecidos).
Segurança e conforto
Efeito “safety in numbers”, ou seja, estudos demonstram que o aumento do número de ciclistas tende a provocar uma redução no número de acidentes por km. Desta forma, ao aumentar o número de viagens cicláveis na cidade, sistemas de bicicletas partilhadas contribuem para o aumento da segurança dos ciclistas.
Valor económico
Os sistemas de bicicletas partilhadas, por um lado provocam uma melhoria nas economias locais ao apresentarem uma opção viável ciclável que ajuda a reduzir os tempos de viagem urbanos. Por outro lado, ao atuarem como um complemento ao transporte público apresentam-se como uma solução ao problema do “last mile”, aumentando a competitividade dos sistemas de transporte ao aumentar as áreas de captação, e desta forma potencialmente evitando investimentos adicionais em serviços de transporte público mais dispendiosos.
Consciencialização e aceitação
Ao providenciar bicicletas a baixo custo, os sistemas de bicicletas partilhadas levam a um aumento nos níveis de utilização da bicicleta na cidade, promovendo o uso da bicicleta e contribuindo para a normalização da bicicleta como um modo de transporte urbano e sustentável.

Legenda:

Muito PositivoPositivoNeutroNegativoMuito Negativo

 

2. Barreiras 

Legal
Depende da base legal de cada país. Por exemplo, em alguns países o uso de capacete é obrigatório para andar de bicicleta. Nesses países, os sistemas de bicicletas partilhadas têm tido dificuldades acrescidas pois têm que disponibilizar capacetes juntamente com as bicicletas. Outros possíveis problemas prendem-se com a necessidade de obtenção de licenças por parte de operadores privados.
Financeira
Os custos para as autoridades são relativamente baixos, sendo comum a concessão dos sistemas para operados privados em troca por exemplo de direitos de publicidade.
Governação
Normalmente os sistemas comuns envolvem a colaboração entre a autoridade municipal e o operador privado, podendo levantar problemas relativamente aos objetivos do sistema.
Aceitação política
Estes sistemas apresentam amplo apoio político, sendo vistos como uma solução moderna para o problema da insustentabilidade dos atuais sistemas de transporte urbanos.
Aceitação pública
Geralmente bem aceites pelo público, salvo quando interferem com outras atividades. Por exemplo, tem havido alguma oposição por parte de residentes quando estações de bicicletas partilhadas reduzem o estacionamento automóvel, ou mais recentemente com as bicicletas sem estação a serem abandonadas pelas cidades obstruindo espaços públicos.
Viabilidade técnica
Não existem barreiras técnicas consideráveis, particularmente com os sistemas de última geração que são caracterizados por uma elevada integração tecnológica.

Legenda:

Sem barreirasBarreira mínimaBarreira moderadaBarreira significativa

 

3. Custos

Zona Medida Unidade Custo Ano de implementação
Coruche, Santarém (Portugal) Aquisição de Serviços de Operação do Sistema de Partilha de Bicicletas – As Campinas 1 ano 17 880,00 € 2018
Oliveira de Azeméis, Aveiro (Portugal) Prestação de serviços para reparação e recuperação do sistema de bicicletas partilhadas 5 764,87 € 2018
Ovar, Aveiro (Portugal) Aquisição de Serviços de reparação e manutenção de veículos e equipamento afim, e serviços conexos do serviço de bicicletas públicas partilhadas 100 bicicletas por 1 ano 4 800,00 € 2019
Santo Tirso, Área Metropolitana do Porto (Portugal) Aquisição de instalações e serviços de apoio 35 bicicletas elétricas, 7 estações com carregamento automático de bicicletas elétricas e respetivo software de controlo de sistema, 500 cartões Rfid e a aplicação, operação e manutenção do sistema automático de partilha de bicicletas 135 750,00 € 2018
Loulé, Faro (Portugal) Execução de ramais para alimentação elétrica às estações 42 e 43 do sistema de bicicletas de uso partilhado e eco-totens Instalações de baixa tensão em 2 estações 19 977,85 € 2017
Aquisição de serviços de vigilância de infraestruturas, de apoio e informação ao cliente, serviço de atendimento telefónico e distribuição equilibrada de bicicletas pelas várias estações 2 anos 279 998,00 € 2019
Áustria Estabelecer sistema de bicicletas para arrendar 50 – 100 bicicletas 500,00€ – 1 000,00€ Informação recolhida em estudo de 2012

Estudo de Caso 1: Sistema de Bicicletas Partilhadas de Londres

Lançado em 2010 pelo Transport for London, o sistema de bicicletas partilhadas de Londres conta agora com cerca de 840 estações servidas por 13 600 bicicletas. Mais de 73,5 milhões de viagens foram realizadas desde 2010, com o recorde diário de 73 000 viagens. Utiliza o sistema de docas permanentes, operando 24h por dia, 365 dias por ano. Os utilizadores podem-se registar através do website (membros) ou então pagar diretamente nas estações (utilizadores casuais), ambos utilizando cartão de débito ou crédito. Os utilizadores pagam uma taxa inicial, sendo os primeiros 30 min de utilização gratuitos, com um acréscimo a ser posteriormente calculado consoante o tempo de viagem, com as taxas aumentando progressivamente quanto mais longa a viagem.

Impacto:

Eficiência do sistema de mobilidade
Desde a introdução do sistema, os níveis de utilização de bicicleta aumentaram de 540 000 para 730 000 viagens ciclável diárias (aumento de 35%), com 46% dos membros a declarar que começaram a utilizar a bicicleta devido à adesão ao sistema. Consequentemente, ao aumentar os níveis cicláveis, o sistema leva a um aumento da eficiência do sistema de mobilidade ao proporcionar um modo de transporte urbano alternativo e competitivo.
Ruas com vida
Estudos demonstram que a transferência modal do carro para a bicicleta fruto do sistema de bicicletas partilhadas no caso de Londres é residual (2%). No entanto, tal deve-se ao facto de Londres apresentar uma baixa utilização do automóvel privado. Embora o sistema não tenha contribuído para a redução automóvel, tem tido um efeito de aliviar o congestionamento do transporte público (mais de 55% da mudança modal proveio do transporte público) e desta forma contribuir para uma maior qualidade de vida.
Proteção ambiental
Devido à transferência modal do automóvel para a bicicleta ser residual em Londres, e ao facto de se utilizar camiões para operações de rebalanceamento das bicicletas entre estações para fazer face aos movimentos pendulares origem/destino, existem indícios que ocorreu um aumento nas emissões de GEE e não uma diminuição. No entanto, tal pode ser corrigido com melhores operações de rebalanceamento, recorrendo a sistemas dinâmicos e diminuindo a dependência de camiões.
Inclusão, equidade e acessibilidade
Expansões recentes para áreas de Londres consideradas desfavorecidas têm levado a um aumento no número de pessoas de rendimentos mais baixos a utilizarem o sistema e, consequentemente contribuindo para a inclusão e equidade social. No entanto, os efeitos positivos desta expansão foram limitados pelo aumento dos preços de utilização do sistema que pode provocar restrições de utilização devido ao custo. Para além disso, continua-se a verificar uma grande disparidade de género na utilização com as mulheres a perfazerem menos de 20% das viagens.
Segurança e conforto
Em termos de acidentes de tráfico, as taxas de acidentes envolvendo utilizadores do sistema de Londres são inferiores à média geral de acidentes por bicicleta no Reino Unido. Além disso, estudos avaliando os impactos da saúde de sistemas de partilha de bicicletas, incorporando ganhos por atividade física, exposição a poluição atmosférica e risco de acidente, demonstram que os benefícios para a saúde são substancialmente superiores aos danos. No entanto, essa diferença varia com o género e idade, com os benefícios a serem menores para as mulheres e para os jovens.
Valor económico
Embora não existam dados quantitativos de ganhos económicos por parte do sistema de Londres, quer o aumento no número de viagens por bicicleta, quer a substituição modal do transporte público para a bicicleta (aliviando o congestionamento) potenciam ganhos económicos.
Consciencialização e aceitação
Com o aumento da utilização da bicicleta, o sistema contribui para a normalização da bicicleta como um modo de transporte urbano e sustentável. Adicionalmente, um estudo avaliando as diferenças entre os comportamentos de utilizadores do sistema de Londres e os ciclistas com bicicletas próprias identificou que 79% dos utilizadores do sistema não utilizavam qualquer roupa ou acessórios específicos: menores taxas de uso de capacete (15% versus 64% nos ciclistas com bicicleta própria) e vestuário de alta visibilidade (11% vs 35%), com tal a ser comum quer nos homens quer nas mulheres. Desta forma, o estudo conclui que para além de incentivar o uso da bicicleta ao providenciar bicicletas de baixo custo, o sistema pode também ter impactos na normalização do ciclista ao aumentar o número e a diversidade dos tipos de pessoas que utilizam a bicicleta.

 

Estudo de Caso 2: Sistema de Bicicletas Partilhadas de Lyon (Velo’v)

Lançado em 2005 em Lyon (França) e concessionado a um operador privado (JCDecaux), o Velo’v marcou o início dos sistemas de 3ª geração caracterizados pela automatização, contando atualmente com cerca de 350 estações, 4 500 bicicletas e cerca de 50 000 utilizadores anuais registados. Utiliza o sistema de docas permanentes, operando 24h por dia, com os utilizadores a poderem subscrever um conjunto de opções de utilização, com bilhetes diários, semanais, mensais e anuais. Os primeiros 30 min de utilização são gratuitos para todos os utilizadores, com taxas adicionais a serem aplicadas progressivamente quanto mais longa a viagem.

Impacto:

Eficiência do sistema de mobilidade
Ao fim do primeiro ano de operação do sistema Velo’v, os níveis de uso ciclável em Lyon tinham aumentado 44%, e em 2014 esse número tinha aumentado para 50%. Desta forma, maiores níveis de uso de bicicleta indicam um aumento da eficiência do sistema de mobilidade ao porporcionar um modo de transporte urbano alternativo e competitivo.
Ruas com vida
O aumento dos níveis de utilização da bicicleta contribui para ruas com mais vida.
Proteção ambiental
Em 2009 o Município de Lyon reportou que o programa Velo’v tinha evitado que 8 437 toneladas de CO2 fossem emitidas para a atmosfera. No entanto, o método de cálculo dessas reduções não é explicitado podendo dessa forma ser sobrevalorizado (basta o município ter considerado que todas as viagens de bicicletas seriam de outra forma realizadas por automóvel para ter um valor bastante superior à realidade, já que os estudos realizados sobre a transferência modal do automóvel para a bicicleta fruto destes sistemas costuma resultar em percentagens baixas de transferência efetiva).
Inclusão, equidade e acessibilidade
Com mais de 95% das estações localizadas na zona central do Município de Lyon, as zonas periféricas, tendencialmente mais pobres não se encontram cobertas limitando de equidade e inclusão social.
Segurança e conforto
Não existem dados disponíveis em inglês sobre taxas de acidentes envolvendo ciclistas, mas espera-se uma maior segurança fruto do aumento dos níveis de uso de bicicleta que noutros casos de estudo levam à diminuição do risco associado (efeito “safety in numbers”).
Valor económico
Não existem dados relativos a ganhos económicos fruto da implementação do sistema Velo’v mas a disponibilização em grande número de bicicletas com centenas de estações cobrindo a zona central de Lyon potenciam ganhos económicos quer ao nível da economia local quer ao melhorar a eficiência do sistema.
Consciencialização e aceitação
Ao aumentar os níveis de utilização da bicicleta, o sistema contribui para a normalização da bicicleta como um modo de transporte urbano e sustentável.

Legenda:

Muito PositivoPositivoNeutroNegativoMuito Negativo

 

Outros recursos

A NACTO (National Association of City Transportation Officials) analisa como construir um sistema de bicicletas partilhadas dinâmico e equitativo:

Bikeplus (2017). Public Bike Share Users Survey Results 2016. Leeds: s.n.

Bmvit (2017) Kosteneffiziente Maßnahmen zur Förderung des Radverkehrs in Gemeinden. Viena: Radetzkystraße

Chardon, C. (2016). A Geographical Analysis of Bicycle Sharing Systems (Tese de doutoramento) Université du Luxembourg, Luxemburgo.

DeMaio, P. (2009). Bike-sharing: History, Impacts, Models of Provision, and Future. Journal of Public Transportation, 12(4), pp. 41-56.

Gauthier, A., Hughes, C., Kost, c., Li, S., Linke, C., Lotshaw, S. … Treviño, X. (2013). The Bike-share Planning Guide. Nova Iorque: The Institute for Transportation and Development Policy

Goodman, A. & Cheshire, J. (2014). Inequalities in the London bicycle sharing system revisited: impacts of extending the scheme to poorer areas but then doubling prices. Journal of Transport Geography, Volume 41, pp. 272-279.

Goodman, A., Green, J. & Woodcock, J. (2014). The role of bicycle sharing systems in normalising the image of cycling: An observational study of London cyclists. Journal of Transport & Health, 1(1), pp. 5-8.

IMPIC. Base: Contratos públicos online. Disponível em: http://www.base.gov.pt/Base/pt

KonSULT (2016). Bike Sharing. Consultado em 14 Janeiro 2019. Disponível em: http://www.konsult.leeds.ac.uk/pg/59/

Midgley (2011). Bicycle-Sharing Schemes: Enhancing Sustainable Mobility in Urban Areas. Nova Iorque: United Nations Department of Economic and Social Affairs.

Raux, C., Zoubir, A. & Geyik, M. (2017). Who are bike sharing schemes members and do they travel differently? The case of Lyon’s “Velo’v” scheme. Transportation Research Part A: Policy and Practice, Volume 106, pp. 350-363.

TfL (2018). Cycle hire scheme celebrates best ever month of hires. Consultado em 15 Janeiro 2019. Disponível em: https://tfl.gov.uk/info-for/media/press-releases/2018/july/cycle-hire-scheme-celebrates-best-ever-month-of-hires.

VTPN Victoria Transport Policy Institute (2018). Public Bike Systems: Automated Bike Rentals For Short Utilitarian Trips. Online Transportation Demand Management (TDM) Encyclopedia. Disponível em: https://www.vtpi.org/tdm/tdm126.htm

Woodcock, J. et al. (2014). Health effects of the London bicycle sharing system: health impact modelling study. British Medical Journal, 348(g425).