1. Apresentação

O funcionamento de uma rede de infraestruturas cicláveis requer não apenas um bom plano de conceção e a sua implementação, mas também a sua gestão, monitorização e manutenção, no sentido de acompanhar as necessidades de revisão, atualização e expansão do plano ciclável da cidade. É, por isso, importante criar uma estrutura operacional para a gestão dos equipamentos e serviços cicláveis, responsável pela monitorização e inspeção do plano de mobilidade e pelas ações associadas às medidas implementadas.

O serviço de gestão e monitorização deve contemplar quer a rede de infraestruturas cicláveis (como ciclovias, zonas de travessia, bermas, estacionamento de bicicletas), quer equipamentos partilhados com outros modos (ruas pedonais, vias partilhadas, passeios, ruas, mobiliário urbano, sinalética), quer ainda a adequação dos serviços prestados.  A monitorização do impacto de intervenções passadas irá fortalecer investimentos futuros, devendo integrar uma visão e estratégia de longo prazo para a mobilidade da cidade.

Os Serviços de Manutenção servem para garantir, ao longo do tempo, a boa eficiência da rede de ciclovias, verificando se estas estão adequadas às necessidades da população. Um plano de redes de ciclovias que garanta desde o seu início um programa de manutenção com a equipe de responsáveis pelo serviço terá menos custos no futuro.

 

2. Objetivos

  • Gerir as necessidades de revisão, atualização e expansão do plano ciclável.
  • Desenvolver uma visão estratégica de longo prazo para a mobilidade ciclável;
  • Avaliar e monitorizar a rede de infraestruturas cicláveis, adequando-a às necessidades dos utilizadores;
  • Gerir os recursos disponíveis;
  • Fazer a manutenção das infraestruturas cicláveis e dos serviços associados (redes de ciclovias, iluminação, sinalização, parqueamento, serviço de informação e de apoio);
  • Garantir que os equipamentos e infraestruturas cicláveis permanecem em boas condições de utilização e segurança.

 

3. Importância da Medida

Dado o nível de investimento na construção de redes e equipamentos cicláveis, é importante que estes sejam bem planeados e permaneçam atrativos para os utilizadores, garantindo uma utilização segura e harmoniosa por um número crescente de utilizadores e atividades. A medida é essencial para garantir o funcionamento e eficácia da rede, bem como a resolução de problemas e a adaptação às necessidades da população, devendo por isso ser contempladas em qualquer pacote de medidas.

1. Boas práticas

– Uma rede que é mantida em boas condições terá maiores níveis de utilização do que uma rota deteriorada.

– A gestão, monitorização e manutenção devem ser consideradas desde o início do desenvolvimento do plano ciclável, assegurando a provisão se recursos materiais e humanos adequados.

– Deve ser dada especial atenção à recolha sistemática de dados para a eficiência da gestão da rede ciclável.

– É essencial envolver e compreender as necessidades dos utilizadores no desenvolvimento do plano ciclável e ter canais abertos para estes notificarem necessidades de manutenção ou melhoria.

– A inspeção e manutenção da rede e equipamentos cicláveis devem ser feitos de forma programada e regular e incluir planos de contingência em caso de intempéries ou outras ocorrências.

 

2. Ações

Gabinete de Gestão
Equipe multidisciplinar, com requisitos ao nível da gestão de tráfego, de comunicação, coordenação e formação, a qual deve ter um responsável capaz de gerir todos os envolvidos. As competências da equipe incluem:
• Estabelecer um programa de monitorização da rede e serviços cicláveis, avaliando a sua adequação;
• Recolher dados, avaliar impactos das medidas implementadas, desenvolver estudos;
• Promover ações de informação, comunicação, promoção e divulgação associadas às medidas implementadas;
• Promover o envolvimento de diferentes stakeholders na mobilidade ciclável;
• Realizar inspeções e auditorias periódicas;
• Divulgar relatórios periódicos;
• Planear revisões e atualizações do plano ciclável da cidade, no âmbito de uma visão estratégica de longo prazo;
• Gerir recursos.
Inspeção e auditoria
A inspeção e avaliação dos equipamentos cicláveis pode ser realizada ao nível da rede ciclável, ao nível da ligação ou rota e ao nível do equipamento (secções de via, cruzamentos, estacionamentos de bicicletas), podendo envolver uma infinidade de aspetos, incluindo inspeção da superfície das vias, limpeza, interseções, segurança, etc. (Crow, 2016). É fundamental para adequar o plano ciclável às necessidades presentes e de evolução futura.
Contadores/ Barómetros
São dispositivos eletrónicos colocados em pontos estratégicos da rede ciclável, que exibem o número de ciclistas que passou naquele ponto ao longo do dia e/ou mês/ano. Fornecem dados sobre o número de utilizadores para fins de monitorização dos serviços e dos impactos das intervenções. Simultaneamente, servem como ferramenta promocional e de sensibilização ao mostrar que os ciclistas “contam”.
A escolha da sua localização é um fator chave, já que deve ser amplamente visível e num local onde passam regularmente muitos ciclistas. Nesse sentido, só devem ser instalados quando já houver números mereçam ser exibidos publicamente. Caso contrário, pode considerar a compra de contadores sem um mecanismo de exibição para começar a recolher dados de referência para comparações antes e depois e para monitorar o progresso da cidade.

Nota: os contadores podem não fornecer uma medida totalmente precisa do número de ciclistas (devido a fatores como a eventual contagem de peões ou não contagem de 1 ciclista quando passa lado a lado com outro); contudo eles indicam a tendência.

Saber mais: https://peopleforbikes.org/blog/the-magic-of-bike-barometers/
Recolha de Dados e Desenvolvimento de estudos
Para fins de monitorização, devem ser realizados periodicamente estudos e inquéritos à mobilidade com o intuito de fazer o levantamento dos padrões de mobilidade e sua evolução, verificar a adequação ao uso e melhor informar as políticas públicas. Isto permitirá construir relatórios mais consistentes e implementar medidas com melhor custo-benefício.
Adicionalmente, podem ser promovidas atividades de I&D (visando criação de valor/ tornar a bicicleta acessível).
Ex.: Portugal Bike Value - projeto que visa apresentar o potencial do território nacional para localização da indústria da bicicleta, pela integração com centros tecnológicos, universidades e autoridades locais.
Gabinete de apoio ao Serviço de Manutenção
Equipa que tem como responsabilidades:
• Estabelecer um programa de manutenção;
• Garantir que o pavimento, a sinalização e os equipamentos estão sempre em boas condições;
• Realizar inspeções periódicas;
• Recorrer a voluntários locais no apoio à informação e manutenção de redes secundárias;
• Elaborar relatórios periódicos;
• Garantir uma forma de contato dos utilizadores para notificar necessidades de manutenção;
• Quando existirem obras de manutenção garantir rotas alternativas e que os ciclistas são devidamente informados.

Nota: Se a manutenção não funcionar poderá prejudicar o uso da bicicleta e baixar a segurança da rede.
Serviço de Manutenção da rede ciclável
• Manutenção de rotas: canais de escoamento e barrancos; varrer detritos; consertar tampas e buracos; reparar marcações gastas ou revestimentos coloridos; garantir a iluminação adequada ao funcionamento solar; incluir maiores manutenções no inverno;
• Manutenção dos parqueamentos: garantir o funcionamento dos parqueamentos de bicicletas. (Ver Rede de Estacionamento de bicicletas);
• Manutenção da sinalização: garantir a inspeção e manutenção periódica da sinalização.
Oficinas para reparação de bicicletas
Reciclagem e manutenção das bicicletas partilhadas.
Postos de apoio aos utilizadores de bicicletas para pequenos ajustes e reparações (como enchimento de pneus).
As oficinas são essenciais para o incentivo de novos utilizadores. Podem ter ainda uma função educativa de como reparar um pneu e mesmo no encontro de material como kits de concerto.
Poderá ainda servir como pontos de partilha e de trocas de bicicletas de rodas, selins e todo o tipo de equipamentos.
Exemplo: Espaço Bicicleta da Universidade de Aveiro.
(Ver Infraestruturas de apoio ao ciclista)
Manutenção das Plataforma de informação
Plataformas online com informação atualizada.

 

 

Várias cidades experimentam o urbanismo tático, isto é, intervenções de baixo custo e efeito rápido como forma de gerir o espaço público e testar e catalisar projetos de longo prazo que melhorem a segurança viária e ajudem a criar espaços públicos de qualidade.

Saber mais: http://wribrasil.org.br/pt/blog/2018/09/o-poder-de-transformacao-do-urbanismo-tatico?fbclid=IwAR2du-ugNaq5_SVK_ZQe7uF57bajZClgmVvM13aRmOZ3KQz0P0L2Sd6a0Dg

1.Impactos

Eficiência do sistema de mobilidade
A Gestão, Monitorização e Manutenção são essenciais para a eficiência da rede ciclável. Uma boa rede ciclável é competitiva com o transporte automóvel e contribui para a eficiência de todo o sistema de mobilidade.
Ruas com vida
A Gestão, Monitorização e Manutenção tornam as ruas mais seguras e amigáveis para todos os utilizadores, garantindo a qualidade do espaço público e promovendo ruas com mais vida.
Proteção ambiental
A Gestão, Monitorização e Manutenção garantem a qualidade, segurança e sustentabilidade da rede ciclável ao longo do tempo, fomentando o aumento dos utilizadores de bicicleta e a diminuição do número de veículos motorizados nas ruas, com os consequentes impactos ambientais positivos.
As oficinas irão garantir a reciclagem das próprias bicicletas e equipamentos afins contribuindo assim para uma boa gestão dos equipamentos.
Inclusão, equidade e acessibilidade
A Gestão, Monitorização e Manutenção contribuem para que a bicicleta seja mais segura e acessível para todos. A população deverá ter canais de comunicação com a equipe responsável. Alguns países utilizaram um membro da população residente, em cada área urbana, como representante de uma zona ciclável da cidade, o que constitui um instrumento de apoio e poderá ser também um instrumento de inclusão social.
Segurança e conforto
A Gestão, Monitorização e Manutenção são críticas para a segurança e conforto da rede ciclável.
Valor económico
O fornecimento de informações atualizadas e a monitorização do número de viagens ajudará os principais atores no incentivo a futuros projetos para o aumento da rede ciclável.
Consciencialização e aceitação
A Gestão e Monitorização irá apoiar na identificação da população alvo de novas campanhas de promoção do uso da bicicleta. A recolha de dados sobre os utilizadores de bicicleta é um elemento integral na promoção do uso da rede ciclável.

Legenda:

Muito PositivoPositivoNeutroNegativoMuito Negativo

 

2. Barreiras

Legal
Sem barreiras.
Financeira
A Gestão, Monitorização e Manutenção exige uma dotação orçamental adequada, que será sempre significativamente menor do que a necessária para as infraestruturas rodoviárias. Deve ser assegurado financiamento logo no arranque desenvolvimento do projeto.
Governação
Deve envolver necessariamente autoridades públicas e de trânsito e eventualmente agências subcontratadas para fins de monitorização ou manutenção de equipamentos. Algumas rotas podem ser da responsabilidade de mais do que um município.
Aceitação política
A implementação dos equipamentos cicláveis e a sua gestão, monitorização e manutenção exigem meios financeiros que devem ser previstos pelos decisores, o que poderá reduzir a aceitação política destes investimentos.
Aceitação pública
A implementação dos equipamentos cicláveis e a sua boa gestão, monitorização e manutenção são críticas para uma boa aceitação pública.
Viabilidade técnica
Os requisitos técnicos para a gestão de equipamentos cicláveis não são complexos, mas devem ter por base pessoal especializado e multidisciplinar.

Legenda:

Sem barreirasBarreira mínimaBarreira moderadaBarreira significativa

 

3. Custos

Zona Medida Unidade Custo Ano de implementação
Albergaria-a-Velha, Aveiro (Portugal) Prestação de serviços técnicos especializados de manutenção, desenvolvimento e acompanhamento do projeto MOB.A 1 ano 17 000,00 € 2019
Maia, Área Metropolitana do Porto (Portugal) Aquisição e instalação de equipamento de monotorização de percursos pedonais e cicláveis 7 sensores 28 053,00 € 2017
Lisboa, Área Metropolitana de Lisboa (Portugal) Elaboração de um estudo de quantificação de externalidades socioeconómicas do Sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas Definição de algoritmos de cálculo de externalidades positivas das viagens em bicicleta, para inclusão na aplicação móvel dos utilizadores do serviço de bicicletas públicas partilhadas e a elaboração do relatório anual de sustentabilidade do 1º ano de operação (análise socioeconómica) 25 000,00 € 2017
Sevilha, Andaluzia (Espanha) Contrato de manutenção 3 anos 1 547 520,00 € 2017
Oficina de la Bicicleta 4 anos 458 000,00 € 2007
Comissão Cívica 4 anos 234 000,00 € 2007

Estudo de Caso 1: Plano de Gestão do Ciclo de Vida das rotas pedonais e cicláveis, Surrey (Reino Unido)

O Condado de Surrey, no Reino Unido, desenvolveu um “Plano de Gestão do Ciclo de Vida das rotas pedonais e cicláveis” para assegurar que todas as rotas são mantidas num padrão consistente com o seu uso e melhorar a suas condições e segurança, conforme necessário, através de um processo planeado. O plano inclui: o inventário de dados sobre as rotas pedonais e cicláveis; a avaliação das suas condições através de inspeção; o estabelecimento de padrões de serviço; o monitoramento de desempenho; valorização de ativos; considerações sobre orçamento; lacunas de desempenho; avaliação de risco; plano de manutenção de rotina; plano de atualização; plano de desmantelamento de rotas consideradas “excedentárias”; compromisso com o desenvolvimento sustentável.

Saber mais: www.surrey.ca/files/Surrey_Cycling_Plan_2012.pdf

Impacto:

Eficiência do sistema de mobilidade
O Plano de Gestão do Ciclo de Vida das redes pedonais e cicláveis contribui diretamente para a eficiência do sistema geral de mobilidade.
Ruas com vida
A gestão integrada de redes pedonais e cicláveis fomenta o seu uso adequado por vários utilizadores, promovendo ruas com mais vida.
Proteção ambiental
A todos os serviços e obras associados à gestão das redes pedonais e cicláveis de Surrey é exigido que contribuam para o objetivo da Autoridade de promover o desenvolvimento sustentável no condado, baseado na sua “Agenda Comum”.
Inclusão, equidade e acessibilidade
O plano contribui para tornar a utilização de bicicleta mais segura e acessível para todos, tendo em consideração que os ciclistas são particularmente sensíveis a defeitos e detritos nas vias.
Segurança e conforto
Assegurar que todas as redes pedonais e cicláveis são mantidas dentro de um padrão consistente com a sua utilização melhora a sua segurança e conforto.
Valor económico
A gestão integrada de rotas pedonais e cicláveis em todo o condado pode promover ganhos económicos decorrentes da poupança de tempo e benefícios de saúde gerados e pode também encorajar novas iniciativas económicas, embora não existe uma avaliação sistemática.
Consciencialização e aceitação
A gestão integrada de redes pedonais e cicláveis contribui para aumentar a sensibilização e elevar a utilização de bicicleta.

 

Estudo de Caso 2: Programa da Bicicleta Sevilha 2020 (Espanha)

A cidade de Sevilha iniciou em 2004 um ambicioso processo de fomento da bicicleta como meio de transporte, com uma forte aposta na criação de uma rede cicloviária densa, atingindo uma repartição modal superior a 8% (2017). No sentido de consolidar e ampliar estes resultados, o “Programa da Bicicleta Sevilha 2020” define como um dos eixos prioritários a manutenção e solução de problemas na rede cicloviária atual, nomeadamente ao nível dos sentidos das vias, pavimentação, marcação de vias, sinalética, sensibilização dos utilizadores, e estabelecendo critérios específicos para o contrato de manutenção da rede cicloviária. Simultaneamente, o programa estabelece a elaboração de guias de conduta e convivência entre ciclistas e outros utilizadores.

Saber mais: http://www.sevilla.org/sevillaenbici/pdf/Programa%20de%20la%20bicicleta%20Sevilla%202020.pdf

Impacto:

Eficiência do sistema de mobilidade
O programa geral espera alcançar uma repartição modal de 15% para a bicicleta.
Ruas com vida
O programa liberta parte do espaço público antes ocupado pela circulação automóvel, promovendo uma cidade mais à escala humana e ruas com mais vida.
Proteção ambiental
O programa contribui para a melhoria da qualidade do ar, reduzindo as emissões de CO2 dos veículos motorizados.
Inclusão, equidade e acessibilidade
O programa contribui para tornar a utilização de bicicleta mais segura e acessível para todos.
Segurança e conforto
O programa avalia e corrige problemas da rede cicloviária existente, visando a melhoria de segurança e conforto.
Valor económico
O compromisso consolidado com a bicicleta pode encorajar novas iniciativas económicas, embora não haja avaliação de impactos a este nível.
Consciencialização e aceitação
O programa procura fazer uma gestão dos equipamentos cicláveis de forma a aumentar a sensibilização e a atrair novos utilizadores de bicicleta.

 

Estudo de Caso 3: Barómetro da Bicicleta, Bolzano (Itália)

Depois de cidades de referência na Suécia, Noruega e Dinamarca, em 2006, o Departamento de Mobilidade da cidade de Bolzano, em Itália, instalou o primeiro barómetro de bicicletas numa das principais ciclovias da cidade, com o apoio do Projeto VIANOVA. O dispositivo mostra o número total de ciclistas que passaram no local (em ambas as direções) desde o dia em que o dispositivo foi instalado e os dados diários. A medida baseia-se no reconhecimento de que a mobilidade sustentável e a opção pela bicicleta são também uma questão cultural e que a deslocação em bicicleta deve ser percebida como um sistema de mobilidade, com a mesma dignidade e importância que os outros sistemas de transporte de uma cidade. O objetivo principal é sensibilizar (e surpreender) os utentes da cidade e informar sobre quantos ciclistas estão a passar por este ponto de medição, o que contribuirá a uma melhor identificação da mobilidade em bicicleta na cidade como um sistema, contribuindo para que as pessoas pedalem mais. Ao mesmo tempo, o barómetro recolhe dados essenciais para a investigação, desenvolvimento e a elaboração de políticas. A ação faz parte de uma estratégia abrangente da administração local que levou, nos últimos anos, ao desenvolvimento de uma rede de ciclovias (com 8 redes principais), um novo logótipo e a criação de um design corporativo cobrindo todos os aspetos e todas as atividades de mobilidade de bicicleta em Bolzano.

Saber mais: www.eltis.org/discover/case-studies/first-italian-bicycle-barometer-promote-bike-mobility-bolzano-italy

Impacto:

Eficiência do sistema de mobilidade
A cidade de Bolzano está constantemente a melhorar a repartição modal da bicicleta que está atualmente em torno de 25% de média anual, e esta medida contribui para tal ao levar a uma melhor identificação com a bicicleta como sistema de mobilidade e fazendo com que as pessoas pedalem mais.
Ruas com vida
A medida tem impactos diretos nas perceções das pessoas e potencialmente um efeito de contágio, levando mais pessoas a pedalar e promovendo ruas com mais vida.
Proteção ambiental
O aumento da perceção da utilização de bicicleta como um sistema de mobilidade e o aumento da repartição modal da bicicleta contribuem significativamente para o ambiente.
Inclusão, equidade e acessibilidade
O aumento da perceção da utilização de bicicleta como um sistema de mobilidade promove a qualidade de vida de todos os cidadãos.
Segurança e conforto
A medida não tem efeito direto sobre a segurança, mas contribui para a sensibilização geral em relação ao uso de bicicleta e ajuda os decisores políticos nas cidades a tomar decisões que considerem os cidadãos ciclistas. Os números produzidos pelo barómetro da bicicleta também têm o efeito de aumentar a confiança dos ciclistas, mostrando que eles não estão sozinhos.
Valor económico
A medida permite contabilizar o valor económico da bicicleta e encorajar diferentes iniciativas económicas em torno da bicicleta.
Consciencialização e aceitação
O barómetro da bicicleta mostra ao público em geral quantos ciclistas existem na cidade e, portanto, aumenta a consciência e quebra a resistência ao ciclismo como um modo de transporte sério. Simultaneamente constitui um símbolo visível do compromisso da cidade com a bicicleta.

 

Legenda:

Muito PositivoPositivoNeutroNegativoMuito Negativo

Ayuntamento de Sevilha (2007). Plan director para el fomento del transporte en bicicleta. Sevilla 2007-2010. Consultado em 2 Julho 2019. Disponível em: http://www.sevilla.org/sevillaenbici/plandirector/planbicisevilla.html

ANSR – Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (2014). Guia do Condutor de Velocípede. Consultado em 2 Julho 2019. Disponível em: http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/Publicacoes/Documents/GUIA%20CONDUTOR%20VELOC%C3%8DPEDE.pdf

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